sábado, 24 de maio de 2008

...

as vezes me sinto como se não tivesse o gume suficientemente afiado para ser o inferno de ninguém, a não ser o meu próprio. seria bom, pois a idéia de ser o inferno de alguém não me agrada. mas isso não é verdade. foi feliz Sartre, ao dizer que 'o inferno são os outros', que somos condenados a ser livres. talvez façamos pouco caso dessa liberdade. como andei lendo por aí: temos medo de ousar, de ferir pessoas, de ampliar a rede do amor, de abrir os braços a outras ricas possibilidades de paixão, de paixões. não agimos com plena liberdade que gozamos. somos vítimas de nós mesmos e projetamos equivocadamente este inferno nos outros. somos algozes de nós mesmos e quiçá dos outros, já que somos os outros dos outros. deu pra entender?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

daí me falaram que eu seria fã do Che... nada disso. aliás me irrito com as viúvas de Che Guevera, Renato Russo e outros. tem até do Kurt Cobain. me diz, quem foi Kurt Cobain? um pirado que tomava heroína com granola no café da manhã e um dia resolveu explodir os miolos. tudo isso antes de fazer uma música boa. mas se eu tenho raiva dele? nunca. só me irrito com as viuvinhas. e o Che? bom o Che é uma figura interessante. talvez não compartilhemos a mesma ideologia, mas elas se curvam suavemente pro mesmo lado. foi um cara interessante. largou boa vida e a faculdade de medicina e 'se jogou' pela América latina, onde encontrou o lado mais podre do ser humano. esqueci de dizer que largou também a namorada, rica e bonita. tudo por um ideal, pelo qual perdeu a vida. é aí que mora minha admiração por ele. só aí!
...Queremos paz, queremos construir una vida mejor para nuestro pueblo y, por eso, eludimos al máximo caer en las provocaciones maquinadas por los yanquis, pero conocemos la mentalidad de sus gobernantes; quieren hacernos pagar muy caro el precio de esa paz. Nosotros contestamos que ese precio no puede llegar más allá de las fronteras de la dignidad.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

frio...

é... tô aqui... vestindo uma camisa xadrez de flanela, bermuda, chinelo quatro números menor que o meu e uma toca que eu comprei em Ushuaia. tô aqui, curtindo uma fossa por um fracasso que experimentei ontem. os dedos do pé, estão gritando de frio, mas eu adoro essa sensação. existe algo de masoquista nisso? vou tomar um café na minha xícara do avaí manezíssima e assistir meu xará Almodòvar. a quem interessa isso tudo é que eu to me perguntando.